sexta-feira, 15 de julho de 2011

CURIOSIDADES DA ESTAÇÃO 
UM OLHAR SOBRE A PRAÇA DA ESTAÇÃO(Pça Dr. João Penido)
A Praça da Estação foi considerada por longos anos lugar de fascínio e vida noturna exuberante. Um lugar de encontros e despedidas entre os casais e as famílias. Conheça um pouco da história desta praça quando ainda era conhecida como Largo da Estação. Saiba + 

A Praça Doutor João Penido, conhecida também como Praça da Estação de Juiz de Fora, pode ser considerada um elemento urbano importante, considerada reflexo do desenvolvimento da cidade, impulsionado pela Estrada de Ferro desde o final do século XIX.
Inicialmente a Praça surgiu como um largo na frente da parada de trem, chamada de estribo, por não chegar a ser considerada ainda uma estação. A ferrovia chegou à Juiz de Fora devido à iniciativa de Mariano Procópio, que foi nomeado pelo Imperador Dom Pedro II, diretor geral da Estrada União Indústria.
Mariano Procópio possuía o desejo de levar todas as construções para o mais próximo possível de suas propriedades, localizadas no atual bairro da cidade que leva seu nome. Assim, não foi diferente com a ferrovia, ele doou um terreno e logo iniciou a construção da primeira Estação Ferroviária a ser instalada em Juiz de Fora. Porém, segundo Lessa (1985), a população se revoltou, eles consideravam que a construção iria dificultar a vida dos habitantes, pelo fato da estação ser construída a quase 3 km do centro da cidade.
Esteves (1915) relata que diversas pessoas da cidade fizeram doações para a Câmara Municipal para que, primeiro, desapropriasse as casas que estavam construídas no local escolhido e, mais tarde, pudesse ser construída a Estação Ferroviária. Em 1880, a Câmara doou um terreno à Estrada de Ferro Dom Pedro II para que pudesse nascer o Largo da Estação.
Com uma área de aproximadamente 3760 m², fazendo divisa a leste com a Rua Paulo de Frontin, ao sul com a Rua Halfeld e a oeste com a Avenida Francisco Bernardino, a Praça da Estação possui em seu entorno uma série de edifícios históricos, alguns já foram relatados aqui no blog, que são importantes para a cidade, pois eles possibilitam o resgate de uma percepção da cidade pertencente ao final do século XIX.
O local onde foi instalada a estação foi considerado por longos anos lugar de fascínio e vida noturna exuberante. Era considerado lugar de encontros e despedidas, entre os casais e as famílias. Porém, a partir de 1985, com o fim das linhas de passageiros que faziam o trajeto Rio de Janeiro – Belo Horizonte, que eram consideradas de grande atração na cidade, e também o fim do fascínio pela população, veio à decadência dessa região da cidade. Assim, a Praça da Estação, no centro da cidade, passou a ser, popularmente conhecida, como “parte baixa” da cidade, pela população local. Até hoje, a praça guarda este aspecto de ser um local que no período diurno é utilizado como um local de passagem pelo juizforano e à noite é constantemente utilizada por segmentos marginalizados pela sociedade, considerados o “baixo meretrício” do município, como, os travestis, as garotas de programa e os mendigos..
Para a classe política a região, ainda é considerada como um dos locais favoritos para a realização dos comícios em campanhas eleitorais, por ter uma posição simbólica do passado e por sua dimensão. Um dos grandes acontecimentos políticos que já aconteceram nesse espaço, podemos citar o movimento das “Diretas Já”, como já foi apresentado nos informativos anteriores.
Fonte de pesquisa:
ESTEVES, Albino. Album do município de Juiz de Fora. Belo Horizonte – MG: Imprensa Oficial do Estado de Minas, 1915.
LESSA, Jair. Juiz de Fora e seus pioneiros (do caminho novo à proclamação). Juiz de Fora: EDUFJF, 1985.

CURIOSIDADES DA ESTAÇÃO

A Praça da Estação (Pça Dr. João Penido)


Palco de importantes acontecimentos culturais, sociais e políticos de Juiz de Fora, a Praça Dr. João Penido, popularmente conhecida como Praça da Estação, é um marco no desenvolvimento do município. Por ela já passaram importantes personalidades brasileiras, inclusive presidentes da república. Saiba +

Localizada na área central de Juiz de Fora, entre as Ruas Halfed e Marechal Deodoro, a Praça Dr. João Penido, popularmente conhecida como Praça da Estação, foi palco de importantes acontecimentos culturais, sociais e políticos de Juiz de Fora, e é considerada um marco no desenvolvimento do município.
A Praça da Estação surgiu como um largo na frente da parada de trem, chamada estribo, por não ser ainda uma estação, apenas uma plataforma elevada e sem cobertura. O movimento de chegada e partida de trabalhadores e viajantes no local impulsionou a instalação de estabelecimentos comerciais e de hospedagem nas proximidades deste terminal ferroviário.

 
Vista aérea da Praça da Estação em 1969. Arquivo de Bianca Barreto. 
Fonte: www.mariadoresguardo.blogspot.com

Com o tempo foi se constituindo em seu entorno um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos da cidade formado pela estação da Estrada de Ferro Central do Brasil e outros prédios tombados pelo patrimônio municipal. Entre os destaques está o Grande Hotel Renascença, construído em fins do século XIX, e que, à época era famoso em todo o país por seu luxo e requinte. O hotel chegou a hospedar brasileiros ilustres como os ex-presidentes Getúlio Vargas e Artur Bernardes.
Uma das mais célebres manifestações populares realizadas na Praça da Estação foi o comício das “Diretas Já”, na década de 80, que visava o fim do regime ditatorial no Brasil e a instalação da democracia.

Posteriormente, em março de 1982, Lula foi ouvido entusiasticamente por milhares de pessoas em comício na histórica Praça da Estação, debaixo de chuva. O ex-presidente voltou a marcar presença em Juiz de Fora, nos anos 80, em outras campanhas eleitorais.

Lula na Praca da Estação - março / 1982 
Fotos: Humberto Nicoline



Comício na Praça da Estação - novembro / 1982
http://www.ptjf.org/?page_id=111

Com expectativa de receber em um futuro próximo investimentos públicos e privados destinados à sua revitalização, o espaço atualmente se fortalece como referência para a realização de eventos culturais diversos.


Conhecendo um pouco mais da Estação Leopoldina em JF
 
Poucos conhecem as origens e os diferentes usos e dinâmicas da Estação da Leopoldina ao longo de mais de um século. Fique por dentro desta história.
  
Antes de ser administrada pela Cia E. F. Leopoldina, a estação da Leopoldina em Juiz de Fora, foi administrada pela Cia. E. F. Juiz de Fora ao Piau, companhia esta que tinha a ideia de se prolongar a Estrada de Ferro Dom Pedro II através de suas linhas. Ao passar para o controle da E.F Leopoldina, em 1888, a primeira edificação em madeira foi demolida. Em seu lugar foi construído um novo prédio em 1929, o qual abrigava a sala do agente e do telegrafo, o armazém, os sanitários, a sala das senhoras e o bar. A estação foi fechada com o ramal, em 1974.
Em 1977 sofre uma nova reforma e o prédio ganhou dois corpos laterais no pavimento superior onde se localizavam os terraços da casa do agente. Houve, também, a transformação das portas de acesso externo em janelas e a transferência da escada que dava acesso ao pavimento superior que ficava na parte externa para dentro do hall principal.
Em 1985 o prédio da antiga estação, passa a abrigar o Núcleo Histórico Ferroviário, administrado por ex-ferroviários e pessoas interessadas pelo assunto ferrovia. Em 1999 foi realizado um convênio entre a Rede Ferroviária Federal da Sociedade Anônima – RFFSA, a Prefeitura de Juiz de Fora e Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage – FUNALFA, que passaram a administrar o espaço. Somente em 2003, após o tombamento do prédio e das peças do acervo por parte da municipalidade, do Instituo Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA, é criado o Museu Ferroviário de Juiz de Fora.
Atualmente o museu tenta retratar a história da ferrovia através de seu acervo de aproximadamente 400 peças que contam um pouco da história ferroviária do fim do século XIX e de pessoas que construíram suas histórias na ferrovia. O acervo reúne mobiliários, equipamentos, miniaturas, maquetes, instrumentos de comunicação, locomotivas, fotografias e livros - que ficam distribuídos em cinco salas temáticas e é organizado de forma didática no andar térreo do prédio. O museu integra também um pátio interno, um anfiteatro de 75 lugares e a sala multimeios, onde são oferecidas aulas de dança, yoga e pilates à comunidade.




Prédio da Estação Leopoldina – hoje Museu Ferroviário – Estação Arte. Arquivo MF

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