CURIOSIDADES FERROVIÁRIAS

Julho



Junho 


Trem que flutua



O primeiro trem que flutua, fez a sua primeira viagem em Xangai e um dos modelos mais modernos que existem é o trem de levitação magnética.

Com poderosos eletroímãs instalados nos trilhos e nos vagões, ele é impulsionado pela força do magnetismo e flutua sobre os trilhos a mais de 400 quilômetros por hora. 

Se um desses ligasse a cidade de São Paulo à do Rio de Janeiro, faria o trajeto em 50 minutos, o mesmo tempo de um avião e com um custo bem inferior. O problema é o investimento que é grande para uma obra desse porte.


Maio                                                                   

Trens japoneses



                Ir ao Japão e não andar de trem e/ ou de metrô é como se não tivesse ido. O trem, principalmente os trens-bala já fazem parte da cultura japonesa a anos.

                O curioso é que ainda existem funcionários que fazem movimentos repetitivos com as mãos, erguendo bandeirinhas. Trata-se do shisa kanko uma técnica para evitar erros de procedimento e acidentes.


                Outra curiosidade é o fato de que em algumas estações é preciso andar por mais de 10 minutos embaixo da terra para chegar à próxima conexão e a linha “Oedo” que é mais profunda do metrô de Tóquio. Ela chega a ter a profundidade de prédios de seis andares.


Abril

Catch Me Who Can

publicado em 17/04/2013
por Adriene Rodrigues




Fonte: Wikipédia


Construída cerca de 20 anos antes da Rocket de George Stephenson, o engenho criado por Richard Trevithick em 1808 na Inglaterra, a Catch Me Who Can não foi a primeira locomotiva do mundo – também construída por Trevithick poucos anos antes. No entanto, foi a primeira a ser concebida especificamente para puxar passageiros...


Mais tarde, os trens assumiram o lugar de principal meio de movimentação de mercadorias em todo o país, mas à utilização do comboio para o transporte de um público era uma ideia verdadeiramente revolucionária.

Na verdade, a Catch Me Who Can foi pouco mais do que um passeio de parque de diversões. Ela foi transportada para Londres, colocada em uma pista curta, circular e as pessoas foram convidadas a comprar um bilhete, que custava 1 shiling à época, para um passeio em uma carruagem puxada por trás da locomotiva. Depois de um tempo o trem começou a pular as faixas e Trevithick optou por removê-lo, em prol da segurança pública, passando-o para uso industrial, antes de ser desmantelado.

Infelizmente, pouco se sabe sobre a locomotiva. Acredita-se que operava ao sul do que hoje é a estação de metrô Euston Square. As dimensões da locomotiva não são registradas em nenhum documento sobrevivente, e nem se sabe o calibre da pista.


Março

ESTAÇÃO DE CARANDAÍ (MG)

publicado em 25/03/2013
por Adriene Rodrigues

Localizada no centro do município, a primeira Estação de Carandaí foi inaugurada em 1881, sendo restaurada entre 1952 e 1954. Conheça mais no blog do Sr. Amu!



 A estação de Carandaí foi inaugurada em 1881. "A cidade começou com uma igreja e dois sobrados laterais, construídos pelo Barão de Santa Cecília, que ali se fixara com seus escravos. O povoado começou a desenvolver-se realmente em 1881, quando foi atingido pelos trilhos da estrada de ferro, que deveriam chegar até Ouro Preto, então capital da Província. Durante 8 anos, que se gastaram na construção de um pontilhão, ficou sendo no município o ponto final da ferrovia. Nesse período Carandaí era ponto de convergência de mercadorias que, vindas do interior em lombo de animais ou carros de bois, se destinavam à Capital do País, ou desta para Ouro Preto e outras cidades da região. Ali permaneciam os tropeiros diversos dias à espera de novas cargas para regressar. Nessa época a cidade chegou a possuir quatro hotéis" (Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, vol. XXIV, IBGE, 1958, p. 362). Em 1950 é inaugurada a variante entre as estações de Barbacena e Carandaí, via Simão Tamm, já que o traçado original via Ressaquinha era muito sinuoso e de rampas fortes. A estação, então, muda de lugar - não para muito longe - e um novo prédio é construído. Os trens de passageiros ainda chegaram a Carandaí pela linha velha até 1970, quando somente a variante, pronta desde 1950, passou a ser utilizada. 

 










Fontes:






Fevereiro


NÚCLEO HISTÓRICO FERROVIÁRIO

publicado em 05/03/2013
por Rhuan Fernandes

Neste ano em que o Museu Ferroviário completa seus 10 anos percebemos a oportunidade de mais uma vez rememorar. Nesta edição confira um texto sobre as inaugurações em 1985 do Conjunto Arquitetônico Tancredo Neves e do Núcleo Histórico Ferroviário, este último o nosso antecessor criado pela RFFSA e instalado no mesmo prédio onde hoje está o MF!


Todo juizforano já escutou o codinome famoso pelo qual a cidade foi também conhecida por algum tempo: “Manchester Mineira” fez menção a uma dita vocação da cidade em ser uma iminente potência industrial e acabou se tornando um apelido carinhoso para a cidade. Já outra alcunha é agora menos famosa, mas igualmente pitoresca. Nossa cidade foi por alguns conhecida como “Atenas de Minas”, desde que o dramaturgo Álvares de Azevedo assim a apelidou, quando fez aqui sua primeira visita para assistir a montagem de “O Dote”, peça de sua autoria.
Memórias de tempos tidos como gloriosos, tonaram-se um trampolim de vontades e se constituíram como aspirações da cidade a desenvolver estas vocações, a econômica e a cultural.
Na década de 80 já do século XX, seria mais uma vez a RFFSA/ SR-3 a reavivar a brasa do orgulho juizforano com a inauguração do Conjunto Arquitetônico Tancredo Neves, que incluía seu novo prédio administrativo (onde hoje funciona a Prefeitura de Juiz de Fora), um monumento a Tancredo Neves e ainda o Núcleo Histórico Ferroviário. No coração da cidade, entre o Rio Paraibuna e a Praça da Estação, no local onde havia se instalado a antiga zona boêmia, surgia em setembro de 1985 o conjunto que levava o nome do ex-presidente e que dava orgulho à cidade, reunindo em sua inauguração iminentes políticos e importantes personagens da cena cultural regional e nacional.
Apesar da grande tecnologia do novo edifício da Rede, interessa-nos aqui a pérola cultural da SR-3, inaugurada naquele mesmo momento: o já citado Núcleo Histórico Ferroviário que seria instalado na edificação da antiga Leopoldina Railway. Seria ele o responsável, a partir de então, pela guarda de um acervo que deveria resgatar e divulgar a história das ferrovias. O primeiro andar serviria para guarda e exibição do acervo tridimensional e o segundo contaria ainda com uma mapoteca, biblioteca, salas de exposições temporárias, Centro de Documentação, sala de restauração, laboratório de restauração de papéis e pinacoteca. O Núcleo, assim como os novos prédios administrativos da Rede em Juiz de Fora, era um projeto bastante ambicioso.
O prédio histórico da Leopoldina de estilo eclético e inspiração clássica e seus armazéns, seriam inteiramente dedicados à memória e a cultura por vontade da Rede Ferroviária Federal. Semanas depois, em 19/12/1985, era inaugurada a sala de multimeios e um novíssimo anfiteatro, que hoje recebe o nome de “Engº. Haroldo Barros Fonseca – Grupo Cultural Estação Arte”. Conhecido pelos funcionários como Dr. Haroldo, este engenheiro e ferroviário que dá nome a nosso anfiteatro foi um dos grandes responsáveis pela idealização e concretização do Núcleo que, segundo intenções declaradas a jornais da época, deveria tornar-se um espaço para dinamização e difusão cultural da Rede Ferroviária Federal e para a cidade de Juiz de Fora. Além de acolher projetos de balé, música e teatro abertos a todos, os espaços serviriam para estimular os funcionários da própria Rede a participarem de projetos culturais diversos.
O Núcleo, que apesar da guarda de um importante acervo museológico não visava a ser um Museu, segundo declarações datadas da época de sua fundação, respondia aos anseios de um ganancioso projeto formulado pela Preserve, órgão do Ministério dos Transportes criado em 1980 para preservar a memória dos transportes no Brasil e que já havia organizado seis outros centros de preservação ferroviária pelo país e um outro Núcleo Ferroviário antes que a museóloga Telma Lasmar e o arquiteto Sérgio Morais, junto com uma equipe de trabalho formada por ferroviários e ex-ferroviários entrassem à bordo dessa grande empreitada de Juiz de Fora.
O prédio onde já havia funcionado a antiga e movimentada estação e a administração da SR-3 se transforma em Núcleo Histórico Ferroviário sendo a partir de 30 de setembro de 1985 um espaço de guarda de memórias e histórias possíveis. Tempos depois sua função se tornaria ainda mais necessária à medida que as ferrovias brasileiras iam definhando e uma série de memórias pessoais, arquivos e costumes iam também se perdendo.
Mesmo o Núcleo Histórico Ferroviário não resistiria nos moldes em que funcionava anteriormente e em 1999 a Rede Ferroviária celebraria um acordo com a Prefeitura de Juiz de Fora e a FUNALFA para que estas assumissem a administração de parte do acervo e do primeiro andar do antigo prédio da Leopoldina onde funcionário, a partir de agosto 2003, o a partir de então denominado Museu Ferroviário. Passando por diversas reformas e por uma reorganização empreendida por museólogos, funcionários da FUNALFA e ex-ferroviários, o prédio da Leopoldina e o acervo do Museu Ferroviário de Juiz de Fora receberiam o tombamento do Iepha – MG – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais em 2005.
Neste ano em que o Museu comemora seus 10 anos, torna-se ainda mais importante compreendermos a memória do próprio Museu Ferroviário enquanto espaço construído para a guarda de objetos que podem trazer à tona memórias e histórias. A data a ser comemorada com festividades diversas no mês de Agosto e ao longo de todo este ano se torna no nosso informativo mais uma razão para rememorarmos as histórias do próprio Museu Ferroviário, do Núcleo Histórico Ferroviário e da Estação da Leopoldina.



Janeiro


ARTE NOS TRILHOS: A HISTÓRIA DE FORMAÇÃO DO MUSEU D’ORSEY


Publicado em 14/01/2013
Por Julliana Garcia

O que fazer com as antigas Estações Ferroviárias desativadas? Uma das soluções apresentadas é a utilização destes espaços como centros culturais. A Estação da Luz, hoje Museu da Língua Portuguesa (São Paulo) e a Estação da Leopoldina , hoje Museu Ferroviário de Juiz de Fora (Minas Gerais), são exemplos deste processo de reutilização do patrimônio arquitetônico ferroviário brasileiro. Esta história, porém, não está restrita ao Brasil. Nesta edição, convidamos os leitores do Correio da Estação a conhecerem um pouco mais sobre o Museu D’Orsey: de estação ferroviária parisiense a um dos principais Museus de arte impressionista do mundo.


2012
Novembro

DA ESTAÇÃO DE MINAS AO MUSEU DE ARTES E OFÍCIOS DE BELO HORIZONTE:
UMA HISTÓRIA CONTADA NA BEIRA DOS TRILHOS

Publicado em 26/11/2012
Por Rhuan Fernandes


A Estação Central, localizada em Belo Horizonte, comemora, este mês, 90 anos. Ela recebeu o primeiro relógio público da cidade e favoreceu o desenvolvimento econômico da região à sua volta. Hoje, abriga o Museu de Artes e Ofícios, o primeiro da América Latina voltado para a temática dos trabalhadores. Leia!

A chegada das ferrovias ao Brasil é considerada até hoje um dos momentos de grande inovação na história deste país. Não só aqui, mas no mundo inteiro os trilhos e as locomotivas simbolizavam em sua época a chegada do progresso e da civilização. Através da energia a vapor os trens corriam às malhas ferroviárias levando o espírito ocidental as partes mais recônditas do mundo, como nos conta o romancista Joseph Conrad em sua obra “Coração das Trevas”, um diário fictício sobre o imperialismo no Reino do Congo.

Prédio da antiga Estação de Minas, projetado por José de
Magalhães, José Verdussem e Edgar Nascentes Coelho. A
inscrição ao lado assinala a pequena dimensão do edifício
e sua beleza.
A vontade de progresso levaria Minas Gerais a fundar uma nova capital e essa, claro, estaria ligada aos principais centros através das estradas de ferro. Assim, no antigo Curral del Rei, para que fosse criada a cidade de Belo Horizonte, foi também lançada a pedra fundamental do prédio da Estação de Minas (Figura 1), no mesmo ano de 1898 em que naquele lugar se instalava uma Comissão Construtora da Nova Capital. A história de Belo Horizonte se entrelaça com a história das ferrovias e a daquela estação, que hoje abriga o Museu de Artes e Ofícios, do qual falaremos mais adiante.

A construção da antiga Estação tinha um enorme significado para a cidade que seria a nova capital de Minas. Ela tanto simbolizava a chegada do novo que Aarão Reis, responsável chefe pela Comissão Construtora, determinou a demolição de todo o antigo Arraial do Curral del Rei para que fosse construída a nova cidade.

Ao mesmo tempo, aquela “Estação de Minas” representava um pórtico de chegadas e partidas para os influentes homens que frequentariam a capital e era também o ponto de acesso para os bens materiais que seriam fundamentais para a construção de uma cidade imponente, como era projetada pra ser. Além disso, naquele prédio seria instalado o primeiro relógio público de Belo Horizonte, fundamental para uma cidade que se pretendia um grande centro por assinalar o ritmo acelerado que deveria ditar a nova era.

O primeiro prédio da Estação de Minas deu ainda estímulo àquela região. Em seu entorno foi notável o desenvolvimento econômico e o esforço de embelezamento empreendido no entorno da Praça que, em 1914, seria chamada de “Cristiano Ottoni”, em homenagem a um importante nome da engenharia nacional, um homem essencial para a história das ferrovias no Brasil.

Um dos prédios da Estação Central,
ainda encimado por um relógio.
No entanto, em 1920, o primeiro prédio seria demolido. O progresso tinha pressa e em poucos anos aquela estação já havia se tornado pequena para uma cidade que crescia rapidamente. A pedra fundamental do atual edifício era então lançada no mesmo ano. Em 1922 o prédio projetado por Luiz Olivieri, em estilo que pode ser definido como neoclássico, foi então inaugurado com o nome de Estação Central. (Figura 2)

Com o passar do tempo, e com a decadência do transporte de passageiros através das ferrovias em detrimento do transporte rodoviário a Estação Central decai. O prédio chegou a ficar abandonado por muitos anos e sofreu a com a possibilidade de ser demolido na década de setenta, sendo resgatado deste infortúnio pela ação da sociedade civil que, em 1981, realizava o I Encontro pela Revitalização da Praça Rui Barbosa, como havia sido denominada a partir de 1923.

O movimento que contou com o apoio de Carlos Drummond de Andrade através da publicação do poema “A Praça da Estação de Belo Horizonte” saiu vitorioso. Em um processo de sucessivas leis a Praça e a Estação puderam ser preservadas, restauradas e revitalizadas. O uso cultural do prédio da Estação Central e o retorno do trem de passageiros através do metrô instalado naquela região levou vida e resgatou movimento na região da Praça da Estação de Beagá.

Hoje, a antiga estação que por agora comemora um happy end tem um uso parecido com o da nossa, em Juiz de Fora. Ambas se tornaram museus com temáticas diferentes, mas com a mesma finalidade, o bem cultural, o bem comum. Em Belo Horizonte foi inaugurado em 2005 o Museu de Artes e Ofícios, o primeiro da América Latina com essa importante temática e cujo acervo se tornou uma realidade a partir da doação de mais de duas mil peças pela colecionadora e empreendedora cultural, Angela Gutierrez. Acertadamente a equipe do Museu relembra através de seu site que aquela Estação, onde hoje está instalado o MAO, foi por muitos anos o local de passagem daqueles que são o objeto e o objetivo da instituição, os trabalhadores. Citando o site da instituição (http://www.mao.org.br/port/acervo.asp):

                                        “São ferramentas, utensílios, máquinas e equipamentos diversos que, individualmente ou em conjunto conduzem cada visitante a uma identificação com o universo do trabalho ali referenciado. A observação do acervo também revela que, mesmo quando desenvolve uma peça voltada para suprir uma necessidade de trabalho, o homem usa sua capacidade criativa e se expressa com arte e sensibilidade.

A praça, viva com eventos políticos, culturais e trânsito de pessoas, ganha um espaço lúdico de aprendizado e reflexão, um Museu que conta também muito da trajetória daquela cidade, bem como o nosso Museu Ferroviário de Juiz de Fora. Assim como a nossa Praça da Estação, aquela da capital pode, bem como denominou Drummond, ser “Linda, linda, linda de embalar saudade”, mas agora de uma forma positiva, que o poeta mineiro certamente apreciaria.



Outubro
ESTAÇÃO DA LUZ

Publicado em 25/10/2012
Por Rosana Barreto


Idealizada pelo Barão de Mauá no final do século XIX, a Estação da Luz teve papel fundamental no escoamento da produção cafeeira. Reconstruída após um incêndio em 1946, abriga, atualmente, o Museu da Língua Portuguesa. No nosso blog, você conhece mais sobre esta estação, que é um dos cartões postais de São Paulo.


A Estação Ferroviária da Luz foi idealizada por Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, e construída  pela São Paulo Railway no final do século XIX, utilizando em sua estrutura material trazido da Inglaterra. Em sua fachada, aborda elementos da arquitetura inglesa evidenciando a cópia do Big Bem e da Abadia de Westminster, ocupando 7.500 metros quadrados do Jardim da Luz.

Teve relevante papel no escoamento do café, que era levado  para o litoral no porto de Santos, sendo posteriormente exportado . Servia como parada na capital da estrada de ferro Santos-Jundiaí. Através desta estação, São Paulo recebia todos os produtos importados destinados ao consumo e à produção numa época em que ainda não havia uma industrialização avançada.

Considerada a principal porta de entrada à cidade de São Paulo no século XX, recebeu  muitos imigrantes e, personalidades ilustres que com destino a capital obrigatoriamente desembarcavam ali.

Após um incêndio ocorrido em 1946,  ficando parcialmente destruída, foi reconstruída pelo governo do estado e reinaugurada em 1951. A atual estação foi construído no lugar da original Estação da Luz de 1867. Aberta ao público desde 1901, foi palco para diversas manifestações culturais, exposições fotográficas, cartões postais, novelas, minisséries e até mesmo propagandas comerciais.

Nesta estação encontra-se instalado o Museu da Língua Portuguesa, instituição cultural ligada a Casa da Cultura do estado de São Paulo. Tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Turístico (Condephaat), hoje é operada pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), transitando por ali, várias linhas ferroviárias e metroviárias.


Fonte de pesquisa: www.estacoesferroviarias.com.br


Setembro
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE RECREIO

Publicado em 20/09/2012
Por Arthur Silva


Visando o escoamento da produção agrícola, a Estação Ferroviária de Recreio começou a operar, possivelmente, a partir de 1876, quando os trilhos da Estação de Campo Limpo cruzaram as terras do município. Com painéis com temas da ferrovia, ela abriga, atualmente, um centro cultural. Confira!

A inauguração da estação de Recreio teria sido aberta em julho de 1874. Porém, os relatos à frente vão mostrar que essa data era pouco provável, ou, então, a estação teria sido inaugurada ainda sem trilhos. Os relatórios deixam claro que o objetivo primordial da ferrovia era atender ao escoamento da produção agrícola, não se prendendo à localização das cidades. De todo modo, percebe-se que a mudança de um percurso, como foi o caso entre Conceição da Boa Vista (no projeto inicial) para o Arraial Novo (atual Recreio), levou também em consideração as dificuldades do trajeto inicialmente previsto. Procurando as origens deste povoado, fizemos algumas buscas em documentos relativos à Leopoldina, que seria a origem da atual cidade de Recreio.

A autorização para construir a estrada de ferro ligando Porto Novo do Cunha a Leopoldina veio em 1871. Três anos depois, em outubro de 1874, foram inauguradas as estações de Porto Novo e Volta Grande. Mais um ano e meio e, em dezembro de 1874, inaugurava-se a estação de Providência, de onde partiriam os trilhos para atingir Conceição da Boa Vista.  

Em agosto de 1876 foi inaugurada a estação de Campo Limpo, atual Ribeiro Junqueira. Sendo assim, os trilhos teriam cruzado o território do atual município de Recreio entre 1874 e 1876 e não parece viável que a Estação do Recreio tenha começado a operar em julho de 1874. No exterior da estação há painéis de azulejos com motivos ferroviários. A estação estava, em julho de 2007, em reforma pela Prefeitura e atualmente sendo utilizada como centro cultural.

Fonte: www.estacoesferroviarias.com.br



Agosto
ESTAÇÃO MARIANO PROCÓPIO

Publicado em 27/08/2012
Por Adriene Rodrigues

Inaugurada em 1876, a Estação Mariano Procópio foi a primeira parada de trem construída em Juiz de Fora. Funcionou até a extinção do trem Xangai, em 1996. Foi recentemente restaurada e atualmente abriga o Centro Cultural Dnar Rocha. As informações sobre esta mais nova estação cultural você confere aqui!
Inaugurado como Estação Rio Novo (foto), em 1876, o espaço foi rebatizado em homenagem ao Comendador Mariano Procópio Ferreira Lage, diretor da E. F. Dom Pedro II e construtor da estrada União e Indústria. Assim como o empreendedor que lhe dá nome, teve papel fundamental para o desenvolvimento da cidade, por tratar-se da primeira parada de trens construída em Juiz de Fora. Em 1999, na administração de Tarcísio Delgado, a Estação Ferroviária Mariano Procópio foi tombada, pelo Decreto Municipal 6601, devido ao seu valor histórico e cultural, “íntima ligação com a façanha desenvolvimentista de Mariano Procópio” e construção eclética com predominância de traços neoclássicos.

A estação de Rio Novo foi inaugurada em 1876. O nome atual (já tinha esse nome em 1915) foi dado em homenagem ao Comendador Mariano Procópio Ferreira Lage, diretor da E. F. Dom Pedro II nos anos 1870 e construtor da estrada União e Indústria, que ligava Petrópolis a Juiz de Fora, em 1861. A estação de Mariano Procópio está na zona urbana da cidade de Juiz de Fora, mas antigamente ficava em terras cedidas pela quinta (fazenda) do Comendador. Nos anos 1920, enquanto a quinta já estava em ruínas, a propriedade em que ela ficava pertencia ao Exército. A estação funcionou até o final do trem Xangai, em 1996, que ligava Matias Barbosa a Benfica, último remanescente dos trens de passageiros que faziam as viagens por toda a Linha do Centro nos áureos tempos. A estação foi finalmente restaurada entre 2011 e 2012 e atualmente abriga o Centro Cultural Dnar Rocha (CCDR).


O CCDR (foto), criado pela Prefeitura, com apoio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Governo de Minas, funciona como uma extensão do Programa Gente em Primeiro Lugar, lançado pelo prefeito Custódio Mattos, em 2009, e que atende cerca de seis mil crianças e adolescentes em 52 bairros da cidade.

O novo complexo cultural ocupa os três prédios da antiga estação, oferecendo, também, um braço de atendimento do Programa Poupança Jovem. A Funalfa é responsável pelo gerenciamento do equipamento cultural, e realiza, junto com a Secretaria de Assistência Social, o encaminhamento dos interessados.


Como no passado, a antiga estação, agora denominada Centro Cultural Dnar Rocha, numa justa homenagem a um dos grandes artistas da cidade, tem como objetivo proporcionar viagens. Desta vez, no entanto, os trilhos serão substituídos por cursos de arte e profissionalizantes, e os passageiros serão crianças, adolescentes e jovens, que entrarão pela porta da frente no mundo da cultura.

Em tempos de ações criativas e inovadoras, que se tornam projetos culturais consistentes em favor da transformação social e desenvolvimento humano em várias cidades brasileiras surge, em Juiz de Fora, uma proposta que resultará na inserção de crianças, adolescentes e jovens no mundo das artes e da cultura.

O Centro Cultural busca atender crianças e jovens, através da realização de oficinas de música (flauta doce, violão, percussão, canto coral), dança, teatro, informática, atividades lúdicas em leitura e capoeira, complementadas por palestras, vivências, parcerias e intercâmbios culturais, que contribuem para a formação de valores humanísticos, vida saudável e empreendedorismo. Com isso, o CCDR oferece ações integradas de cultura e se destaca como referência de política cultural comprometida com práticas inclusivas de democratização da produção e do acesso a produtos culturais e de apoio à inserção das crianças, adolescentes e jovens no mundo da cultura, das artes e do empreendedorismo.



Julho


ESTAÇÕES DA ESTRADA DE FERRO JUIZ DE FORA 

Publicado em 27/07/2012
Por Manoel Monachesi



Dando continuidade à série sobre os nomes das estações, produzida pelo nosso colaborador, Manoel Monachesi, damos destaque, neste mês, para as estações pertencentes à Estrada de Ferro Juiz de Fora. Aqui, você fica por dentro dessas curiosidades!

Estação Muçungê, depois denominada Grama

Depois da II Guerra Mundial, e com o fim da concessão da L.R., em 20 de dezembro de 1950, o Governo brasileiro autoriza a encampação definitiva da The Leopoldina Railway Company Ltda., passando à jurisdição do Ministério de Viação e Obras Públicas, e volta a usar o nome de “Estrada de Ferro Leopoldina”.


Nesta época, vemos como curiosidade a mudança de nomes das estações e cidades do ramal de Juiz de Fora – antiga Estrada de Ferro Juiz de Fora a Piau – que tanta influência teve na região:



A estação de Grama, chamava-se Chácara, muda para Muçungê e finalmente, volta ser Grama.



A parada de Água Limpa passa a chamar Triqueda, por causa de suas cachoeiras.



A antiga vila de São Vicente, com a chegada da ferrovia, teve a sua estação denominada Água Limpa. Logo o município era chamado de Lima Duarte. Sua estação mudou de nome para Estação de Coronel Pacheco, em homenagem ao Coronel José Manoel Pacheco, um dos idealizadores de Estrada de Ferro Juiz de Fora a Piau. Logo a população pediu a mudança do nome da cidade para Coronel Pacheco, adotando este em 1948.



No Arraial do Limoeiro, com a chegada da ferrovia em 1888, a estação leva o nome de Limoeiro e depois troca o nome para Desembargador Lemos. Muda para Goyaná. A população considera mais bonito o nome de Goyaná e adota  para a  cidade o nome da estação.





Junho


OS DIFERENTES E CURIOSOS NOMES DE ESTAÇÕES DE NOSSAS FERROVIAS 

Publicado em 26/06/2012
Por Manoel Monachesi



Os nomes das estações acompanharam a história, a geografia, as nossas riquezas e também o nosso vasto folclore. Muitas reverenciavam a nobreza, as personalidades políticas e religiosas, a natureza e sua fauna e flora, faziam alusão aos estados da alma, sentimentos e crença. Segundo a Nominata das Estações, tivemos mais de 4 mil em todo o Brasil. Nosso colaborador Manoel Monachesi reuniu alguns dos mais sugestivos e curiosos em uma bela matéria. Leia!



Estação Pureza, localizada em Timbaúba, PE  
Com a construção em nossas terras das  primeiras ferrovias, as estações eram construídas para o embarque e desembarque de passageiros e das cargas em diversos locais, cada um de características  diferentes . Seus  nomes acompanharam a história, a geografia, as nossas riquezas e também o nosso vasto folclore. Segundo a Nominata das Estações, tivemos mais de 4.000 em todo o Brasil, de todas as ferrovias. Muitas aqui apresentadas, pertenceram a ramais e linhas erradicadas, abandonadas e destruídas pelo tempo ou pela ação de vândalos. 

Trata-se de uma importante parte de nossa história ferroviária, desde a inauguração de nossa  primeira ferrovia: a  Estrada de Ferro Mauá, em 30 de abril de 1854, até os nossos dias. De uma simples parada sem cobertura, um posto telegráfico, uma pequena ou uma grande estação até uma importante gare, todas tem uma história a ser contada  a partir de seus nomes. Foram selecionados os nomes mais sugestivos para compor este pequeno trabalho.

As estações traziam, além do seu nome, a quilometragem referente a uma estação principal da ferrovia e sua altitude em relação ao nível do mar.

Nos primórdios do Brasil Império, as estações reverenciavam os nomes da nobreza e importantes à pátria como:  Dom Pedro II, Barão do Amparo, Côrte, Patriarca, Alferes, Barão de Mauá, Colônia, Tiradentes, Ouvidor, Regente Feijó, Princesa Izabel e Capitania.

A  religiosidade tão profunda dos brasileiros,  com 136 santos e 88 santas e nomes afins,  também está fortemente presente nos nomes das estações. Temos a mais reverenciada que é Sant’Ana, depois Santo Antônio, São José e São Pedro. Aí vem mais: Ladainha, Fradinhos, Ave Maria, Cordeiro, Santa Esméria, Sacramento, Sacra Família, Cruz das Almas, Cardeal, Mãe Maria, Brejo das Freiras, Nazaré da Mata, Convento, Ressurreição, Cruzes, Maria da Fé, Abadia, Oratório, Capela Nova, Dom Ferrão, Belém, Lava-pés, Encruzilhada, Igrejinha, Ilha do Bispo e muitos outros.

Com a Proclamação de República, em 1889, algumas estações tiveram seus nomes mudados e outras inauguradas com nomes de importantes figuras ou acontecimentos republicanos:   Independência, Marechal Deodoro, Quinze de Novembro, Quartéis, Marechal Rondon,  Getúlio Vargas.

Estação Sumidouro, localizada no município de Sumidouro, no RJ
Com a grande expansão das linhas, os nomes representativos das distâncias  enriquecem o acervo:  Sumidouro, Cafundó, Roça Nova, Desterro, Perdição, Abismo, Meio Mundo, Planície, Promissão, Descampado, Terra Nova, Pindorama, Éden, Eldorado, Novo Cruzeiro  e até uma Vila Queimada, e outras  de locais  distantes do Brasil ou no espaço sideral:  Babylonia, Andes, Malta, Gália, Hungria, Palestina, Germânia, Pompéia,  Cosmos, Orion, Celeste, Estrela Dalva, Estância do Céu, Olimpo  e  Meridiano. Ó xente, quantas estações neste  Mundéus!

A via férrea, cortada por vários rios, ao lado de lindas lagoas ou margeando o mar, os nomes são os mais significativos, passando por imponentes pontes e viadutos, ou simples pontilhões, chegando aos portos  fluviais ou marítimos: as águas são muitas, de várias cores, Branca, da Prata ou Vermelha, Clara ou Suja, Boa, Fria, Santas, Virtuosas, Comprida  ou uma simples Bicas. Também tem Cacimbas, Olho D’Agua, Tanquinho ou um Brejo Alegre, depois das Sete Pontes .

Os rios, então, de simples regatos a grandes e caudalosos: Acima, Casca, D’Ouro, das Flôres ou das Velhas, Bonito, Fundo, Dourado, das Mortes, Real, Córrego Azul ou um quieto Remanso, das Antas, das Almas e até Tristes. Os menores, nem por isto menos importantes: Arroio do Só, o Córrego do Rico e até o Ribeirão Bonito.

Os portos, Velho ou Belo, da Madama, Real e, também era para muitos, a Esperança. As lagoas: Comprida, do Carro, Grande como Lagoão ou muitas como Sete Lagoas, ou mesmo um triste Pântano. No  Mar de Hespanha, a Praia Perdida, das Três Ilhas, mas lá está o Salva Vidas.

De nossa grande fauna, dos peixes aos mamíferos, onde eram encontrados, as denominações continuam: Estação Formiga, Jacaré, Tatu, Quatis e até Leão! Onça, Preá, Jabuti, os perigosos ofídios Sucuri, Caninana e Jararaca, Caracol, Piranhas, Linguado, Baleia  e Tubarão, Queixada, Vaca Selada, Parada do Mosquito, Cotia, Baratinha, Periquito, Tangará, Malhada dos Bois e também  o nosso famoso Urubu, e muito mais.

As flores, frutos e árvores e outros de nossa flora, marcam presença em várias estações: Acácias, Bálsamo, Rosas, Roseira, Manacá, Papoula, Linda Flôr, Flôr de Minas, Bom Jardim, passando  por  Palmital, Jaqueira, Jaca, Pitanga, Capim Melado, e até uma Cascadura, Cana Brava, Laranja Azeda, Mato sem Pau, Pau-Ferro ou Pau Seco, Vinhático, Sucupira ou Mamonas. E lá se vão tantas árvores ou um simples mato, Tiririca ...

As pedras, rochas e morros, com seus imponentes tamanhos e tipos: desde um Pedregulho a uma Colina, Monte Sinai, Monte Alegre, Pedras Ruivas, Pedra do Sino, Pedra Menina ou até mesmo uma Casa de Pedra. O Pé do Morro pode ser o  Morro do Côco, dos Pregos ou Morro Agudo e a Serra, Talhada, Linda ou Azul.

As paisagens vistas das janelas dos carros, deslumbram os passageiros: Bela Aurora, Mirante, um grande Gramado terminando em uma Tronqueira com um Portão. Lá na frente, uma Atoladeira com um feliz  Barro Alegre. Um Bello Valle, que Passa Três, Passa Quatro e dá Sete Voltas ou uma Volta Grande! 

Uma Horta Velha que dá até Mandioca, com a ajuda do Orvalho. Perto da Granja aonde tem o Banco do Pedro para o Descanso, dizem que mora um Eremita a poucos Passinhos, lá no Arraial do Povinho dos Castilhos. Passamos por uma Vendinha, com um Machado à venda, junto com umas feias Carrancas e até um par de Alpercatas.

Estação de Socego 
Os estados da alma, sentimentos e poesia do ser humano começa quando Amanhece, Encanto, Parnaso, Ameno, Seguro e o Bom Sucesso, mas todos querem é um Socego, um Suspiro, bem Alegre, e a Beleza de uma Espera Feliz. Pureza e Concórdia, junto com a Fama trazendo Harmonia e Prosperidade. Nada como ter uma boa Paciência, Perdões e Boa Lembrança de uma Serena Amizade com Paz e Boa Sorte.

Mas há também o lado Soturno, como Afogados de Ingazeira, Afligidos, Cilada, um Soberbo e um Desengano, a Cobiça, trazendo Dores e Desespero, um Calado e triste Desterro, pedindo Socorro na Solidão. Uma Invejosa, Amargosa e a Perdição em um Engano, e o longo Suspiro, à Meia Noite!

Mas o modo brasileiro, folclórico e irreverente, mostra os nomes de maneira acentuada nas estações: Cabeçuda, Espalha Brasas, Mangalô, Biboca, Ripa, Garoa, Cotovelo, Camisão, Serrote, Corta-Mão, Bolacha, Vale quem Tem, Banquete, Fumaça, Chocolatal, Ressaquinha, Chiador, Tromba, Roncador, Cala Boca, Parafuso, Massaroca, Lençóis, Remédios, Rita Cacete, Moça Bonita, Velho da Taipa, Véu de Noiva, Dona,  Astrapéia, Relógio,  Canivete, Cinzas,Tombos, Sapecado, Bêco, Rua Velha, Avenida, Registro e mais e mais estações. São muitas, todas com suas longas histórias ...

E lá se vai o trem, soltando muita Fumaça, apitando, batendo sem parar o seu sino, alegre com seus carros e vagões, passando pelas  estações para mais uma viagem ...




Maio

ESTAÇÃO BENFICA

Publicado em 28/05/2012
Por: Romilda Lopes


Inaugurada em 1887, a Estação de Benfica, que chegou também a se chamar Ludovico Martins, deu origens aos trilhos do ramal com destino à cidade de Lima Duarte. Apesar de desativada, parte que sobrou desta linha ainda é utilizada pela Malha Regional Sudeste (MRS).  A Estação, que até mesmo foi sede da Polícia Florestal, hoje serve como escala para maquinistas desta empresa.  Saiba mais!

A estrada férrea de Benfica foi a primeira linha a ser construída pela Estrada de Ferro Dom Pedro II, que, a partir de 1889, passou a se chamar Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB). O primeiro trecho da EFCB, que era a espinha dorsal de todo o seu sistema, foi entregue em 1858. Este segmento ia da estação Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subia a Serra das Araras, alcançando Barra do Piraí em 1864.



De lá, a linha seguiria para Minas Gerais, chegando em Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco e partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura Belo Horizonte e atingir Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos alcançaram Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910.



A ponte ali construída foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, foi construído um ramal da estação de Corinto para Montes Claros, que acabou se tornando o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final se tornasse o ramal de Pirapora.



Em 1948, a linha foi prolongada até Monte Azul, final da estrada onde havia a ligação com a Via Férrea Leste Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam os trens de São Paulo para Barra do Piraí, até o ano de 1998, e de Belo Horizonte para Joaquim Murtinho, até 1980, estações onde tomavam os respectivos ramais para essas cidades. Antes de Joaquim Murtinho, porém, havia mudança de bitola: de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro Lafayete.



Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente, entre Montes Claros e Monte Azul eles sobreviveram até 1996, restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira ainda existe para trens cargueiros. Até hoje, os trens de subúrbio continuam ativos na Baixada Fluminense.

                                                                                             

A ESTAÇÃO: A estação de Benfica foi inaugurada em 1887. Por umcurto espaço de tempo, no início do século 20, veio a se chamar Ludovino Martins, mas logo retornou a seu nome original. Dela saíam os trilhos do ramal de Lima Duarte, de 1914 até o final dos anos 1960. Hoje, esse ramal foi erradicado, dele sobrou apenas o desvio que segue para uma instalação fabril em Igrejinha, ainda utilizado pela MRS, concessionária da linha. A estação foi, ainda, sede da Polícia Florestal na região por algum tempo. Hoje serve como escala para os maquinistas da MRS.



Abril

TREM XANGAI

Publicado em 25/04/2012
Por: Adriene Rodrigues


Conhecido como Xangai, em analogia ao Transiberiano, este trem urbano de Juiz de Fora foi administrado em seus últimos anos pela RFFSA. Ele atendia os municípios de Juiz de Fora e Matias Barbosa e chegou a transportar cerca de 1.500 passageiros/dia. Conheça mais sobre este trem que ainda permanece vivo na memória dos juizforanos. Saiba +






Março
A ASSOCIAÇÃO DE BELAS ARTES ANTÔNIO PARREIRAS 

Publicado em 16/03/2012
Por: Adriene Rodrigues


A Associação de Belas Artes Antônio Parreiras (ABAAP) foi fundada em 1934. Atualmente é uma das mais antigas instituições culturais de Juiz de Fora, em que importantes nomes das artes visuais iniciaram seus estudos. Localizada na antiga Estação Central do Brasil, é referência na difusão das artes plásticas, e visa o aprimoramento artístico e cultural de seus associados. Saiba +



A Associação de Belas Artes Antônio Parreiras (ABAAP) foi fundada em 1934, com o nome de Núcleo Antônio Parreiras, e é hoje uma das mais antigas instituições culturais de Juiz de Fora. A maioria dos artistas que formavam esse núcleo era de origem modesta, que procurava se aperfeiçoar com a troca de experiências, motivo pelo qual, desde a sua fundação por ex-alunos de pintura e escultura de César Turatti, a instituição já visava o aprimoramento artístico e cultural de seus associados, difundir as artes plásticas e proporcionar cursos livres das mesmas. Foi o local onde importantes nomes das artes visuais iniciaram seus estudos, antes mesmo de existir o ensino formal de artes na cidade.

Após um período onde o Núcleo esteve praticamente desativado, o pintor Aníbal Matos, de Belo Horizonte, reuniu alguns membros em 21 de junho de 1941, onde decidiram reativar o mesmo, que foi registrado como Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras.
De 1950 a meados da década de 1960, a Parreiras viveu sua fase mais importante, por ser a única a proporcionar o ensino livre das artes plásticas e ser a única entidade a promover, sistematicamente, exposições de artes plásticas na cidade.
Atualmente a Associação se localiza no antigo prédio da Estação Ferroviária da E.F.C.B em frente a Praça da Estação, e continua promovendo cursos livres, tais eles: desenho, história em quadrinhos, caricatura, pastel, pintura a óleo/aquarela, colagem, técnica mista, textura em tela e escultura em argila.
Até meados de março desse ano acontece a Exposição “Artistas da casa”, expondo trabalhos produzidos por alunos e professores da ABAAP ao longo de 2011; e em 23 de março abre a exposição do 13º Salão da Natureza Morta.
Lá pode ser encontrado um acervo permanente de obras ligadas, principalmente, aos artistas que participaram da sua história, que está conservado em ateliês da ABAAP ou na reserva técnica e está a disposição dos interessados através de visitas agendadas; o horário de funcionamento da Associação é de 8h30min às 11h e de 13h às 17h.
Vale à pena visitar esse espaço que preserva a história das artes na cidade!

Para mais informações sobre a Associação de Belas Artes Antônio Parreiras basta acessar o site: www.abaap.com.br

Fevereiro



PERSONAGENS DA PRAÇA DA ESTAÇÃO
Publicado em 17/02/2012
Por: Romilda Lopes

Não somente de prédios e árvores se faz a Praça da Estação de Juiz de Fora. Vendedores ambulantes também integram este conjunto arquitetônico e paisagístico, fazem parte e são observadores do seu cotidiano, interagem com centenas de pessoas que por ali passam diariamente e, por vezes, atuam como guardiões deste patrimônio. Saiba +  




Janeiro
UM OLHAR SOBRE A PRAÇA DA ESTAÇÃO (Pça Dr. João Penido)

Por Romilda Lopes
Publicado em 25/01/12


A Praça da Estação foi considerada por longos anos lugar de fascínio e vida noturna exuberante. Um lugar de encontros e despedidas entre os casais e as famílias. Conheça um pouco da história desta praça quando ainda era conhecida como Largo da Estação. Saiba +

Largo da Estação

A Praça Doutor João Penido, conhecida também como Praça da Estação de Juiz de Fora, pode ser considerada um elemento urbano importante, considerada reflexo do desenvolvimento da cidade, impulsionado pela Estrada de Ferro desde o final do século XIX.

Inicialmente a Praça surgiu como um largo na frente da parada de trem, chamada de estribo, por não chegar a ser considerada ainda uma estação. A ferrovia chegou à Juiz de Fora devido à iniciativa de Mariano Procópio, que foi nomeado pelo Imperador Dom Pedro II, diretor geral da Estrada União Indústria.

Mariano Procópio possuía o desejo de levar todas as construções para o mais próximo possível de suas propriedades, localizadas no atual bairro da cidade que leva seu nome. Assim, não foi diferente com a ferrovia, ele doou um terreno e logo iniciou a construção da primeira Estação Ferroviária a ser instalada em Juiz de Fora. Porém, segundo Lessa (1985), a população se revoltou, eles consideravam que a construção iria dificultar a vida dos habitantes, pelo fato da estação ser construída a quase 3 km do centro da cidade.

Esteves (1915) relata que diversas pessoas da cidade fizeram doações para a Câmara Municipal para que, primeiro, desapropriasse as casas que estavam construídas no local escolhido e, mais tarde, pudesse ser construída a Estação Ferroviária. Em 1880, a Câmara doou um terreno à Estrada de Ferro Dom Pedro II para que pudesse nascer o Largo da Estação.

Com uma área de aproximadamente 3760 m², fazendo divisa a leste com a Rua Paulo de Frontin, ao sul com a Rua Halfeld e a oeste com a Avenida Francisco Bernardino, a Praça da Estação possui em seu entorno uma série de edifícios históricos, alguns já foram relatados aqui no blog, que são importantes para a cidade, pois eles possibilitam o resgate de uma percepção da cidade pertencente ao final do século XIX.

O local onde foi instalada a estação foi considerado por longos anos lugar de fascínio e vida noturna exuberante. Era considerado lugar de encontros e despedidas, entre os casais e as famílias. Porém, a partir de 1985, com o fim das linhas de passageiros que faziam o trajeto Rio de Janeiro – Belo Horizonte, que eram consideradas de grande atração na cidade, e também o fim do fascínio pela população, veio à decadência dessa região da cidade. Assim, a Praça da Estação, no centro da cidade, passou a ser, popularmente conhecida, como “parte baixa” da cidade, pela população local. Até hoje, a praça guarda este aspecto de ser um local que no período diurno é utilizado como um local de passagem pelo juizforano e à noite é constantemente utilizada por segmentos marginalizados pela sociedade, considerados o “baixo meretrício” do município, como, os travestis, as garotas de programa e os mendigos..

Para a classe política a região, ainda é considerada como um dos locais favoritos para a realização dos comícios em campanhas eleitorais, por ter uma posição simbólica do passado e por sua dimensão. Um dos grandes acontecimentos políticos que já aconteceram nesse espaço, podemos citar o movimento das “Diretas Já”, como já foi apresentado nos informativos anteriores.

Fontes de pesquisa:

ESTEVES, Albino. Album do município de Juiz de Fora. Belo Horizonte – MG: Imprensa Oficial do Estado de Minas, 1915.

LESSA, Jair. Juiz de Fora e seus pioneiros (do caminho novo à proclamação). Juiz de Fora: EDUFJF, 1985.






Dezembro
EDIFÍCIO WAGNER PEREIRA

Por Flávia Pina
Publicado em 23/12/11

Um prédio com relevância significativa da Praça da Estação é o Edifício Wagner Pereira. Atualmente ele abriga a 30ª CIA da Polícia Militar e um estúdio de dança. A construção que já foi praticamente toda queimada por um incêndio, foi totalmente reformada pela família de seu construtor, um importante comerciante do passado, que dá nome ao prédio. Saiba +



Um prédio com relevância significativa da praça é o Edifício Wagner Pereira. A construção que já foi praticamente toda queimada por um incêndio, foi totalmente reformada pela família de seu construtor, um importante comerciante do passado, que dá nome ao prédio. Ele foi o primeiro prédio particular da cidade a ser tombado pelo patrimônio como patrimônio histórico. Foi também o primeiro a ter todos os quesitos de conservação cumpridos.

Hoje o prédio tem em suas dependências a 30a. CIA de Polícia Militar no primeiro andar e nos dois últimos o Estação Cultura: Estúdio de Dança Silvana Marques. O casarão foi reformado e cedido pela família de Wagner Pereira para que se tornasse um ponto cultural na praça em decadência. A reforma foi feita gratuitamente em 2005 pelo arquiteto Rogério Mascarenhas. No início de 2006, a escola de dança já funcionava no prédio. A Escola tem hoje uma parceria com a FUNALFA, Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage, a qual tem por objetivo usar o espaço para diversas manifestações artísticas.


Fonte: http://juizdeforaonline.wordpress.com/2009/06/29/uma-praca-com-historia/





Novembro
EVENTOS CULTURAIS
Por Romilda Lopes
Publicado em 23/11/11

A Praça da Estação sempre foi palco de manifestações culturais. Nas três edições do Corredor Cultural, a praça recebeu importantes atrações de nome nacional.  

Show do cantor Jorge Aragão no encerramento do Corredor Cultural em 2010, na Praça da Estação.

      O corredor cultural se evidencia por ser uma maratona de atividades culturais gratuitas que duram 40 horas ininterruptas, que reúne atividades artísticas, culturais e esportivas em espaços públicos. A primeira edição do evento aconteceu em 2009, que de acordo com o superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, em entrevista para o portal de notícias Acessa.com, foi inspirada na Noite Branca francesa e na Virada Cultural de São Paulo, que reúne em 24 horas ininterruptas com aproximadamente 800 atrações em 150 locais diferentes do Centro da capital paulista.
     Em Juiz de Fora, a maratona tem como cenário o conjunto de bens tombados pelo Patrimônio Cultural do município, com destaque para a Praça da Estação, popularmente chamada “parte baixa” da cidade, foi inaugurada no início do século XIX para servir à Estrada de Ferro D. Pedro II. A Praça tinha como característica relevante de ser a porta de entrada da cidade naquela época. Como já foi apresentado em outras edições, ela foi arena de grandes manifestações e comícios políticos, e que possui um dos mais belos conjuntos arquitetônicos de Juiz de Fora, com prédios centenários e em sua grande maioria de estilo clássico, e apresenta um comércio variado. Evidenciando-se atualmente pela realização de eventos sociais e culturais, sendo reconhecida como importante praça de convivência e de difusão cultural do município de Juiz de Fora.
     Durante as três edições do Corredor Cultural a Praça da Estação recebeu importantes atrações de nome nacional como Jorge Aragão e, shows de artistas juizforanos, além disso, o espaço da praça recebeu a feira de Antiguidades, o Ateliê na Praça e a Exposição de Carros Antigos. Além do corredor cultural podemos ainda citar outros eventos que movimentam esse espaço como o carnaval, festival de bandas novas, festival de teatro, festival de dança e o corredor cultural etc.


Cerca de 10 mil pessoas prestigiaram o show de Jorge Aragão na Praça da Estação.

Outubro
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL 
Publicado em 15/10/11

Uma das mais importantes edificações da Praça da Estação, o Prédio da Associação Comercial teve seu projeto realizado pela Cia Pantaleone Arcuri e Spinelli, que realizou inúmeras obras em Juiz de Fora.

Associação Comercial - 1929
O prédio sede da Associação Comercial localizado na Praça João Penido foi inaugurado em 21/04/1919, construído em um período em que a Praça da Estação já representava um dos principais lugares da cidade, o prédio da Associação Comercial recebeu os cuidados formais de uma sede que reunia os principais representantes do comércio da cidade. O projeto elaborado pelo arquiteto Rafael Arcuri e realizado pela Cia Pantaleone Arcuri e Spinelli, representa um padrão vinculado ao ecletismo em sua fase mais rebuscada, que é característico da segunda fase de ocupação do largo da Praça João Penido.
         A decoração interna ficou a cargo do pintor italiano Angelo Bigi, renomado artista que demonstra neste trabalho todo o requinte de suas representações e que, seis anos mais tarde, consolidaria de uma vez por todas, sua posição destacada na cidade, realizando a decoração do Cine-Theatro Central.
          Atualmente o imóvel da Associação Comercial é tombado como patrimônio cultural de Juiz de Fora pelo decreto nº 6333, de 19 de novembro de 1998.
  O prédio da Cia Pantaleone Arcuri & Spinelli atualmente funciona como sede de repartições públicas e está situada na esquina da rua Espírito Santo com Getúlio Vargas. As outras obras realizadas por esta Cia foram: O Instituto Granbery inaugurado em 1889, prédio da Companhia Mineira de Eletricidade em 1915, hoje chamado de castelinho da CEMIG e também no mesmo ano o Prédio principal do Colégio Santa Catarina. Três anos depois foi inaugurado o Prédio da antiga prefeitura de Juiz de Fora em 1918 e em 1929 o Cine Teatro Central.



Setembro
 ESTAÇÃO CENTRAL DO BRASIL

Publicado em 20/09/11  

Saiba mais sobre um importante cartão postal de Juiz de Fora, a Estação Central do Brasil que servia à Estrada de Ferro D. Pedro II. Chamamos atenção para seus curiosos aspectos arquitetônicos.


Estação Central do Brasil
 O prédio da Estação Central que servia à Estrada de Ferro D. Pedro II foi construído por iniciativa dos vereadores da Câmara. Sua construção foi resultado de uma longa luta. Embora a construção tenha se iniciado em 1871, diversos entraves burocráticos adiaram a conclusão da obra até 1877, quando foi inaugurada juntamente com as estações de Sobragy, Cedofeita, Retiro,Matias Barbosa.

O prédio, um dos mais significativos cartões postais de Juiz de Fora, foi e continua sendo um dos cenários preferidos para a realização de obras de artistas da cidade e de outras regiões. O edifício original da "Estação do Centro", inaugurado em 7 de julho de 1877, sofreu sua primeira intervenção de ampliação em 1883. Em 1902, ele adquiriu sua conformação atual seguindo esquemas compositivos da virada do século.

Compõe-se de volumes avançados e recuados em relação à via pública, que se distribuem por uma extensa faixa horizontal. O edifício é constituído por um único pavimento alteado, com exceção do torreão lateral com três pavimentos que se destaca na paisagem da praça. É o elemento que confere assimetria ao conjunto.

No volume central, mais projetado, o acesso é feito através de escadaria de cantaria em lance único. A porta principal, localizada no centro, é mais alta e larga que as portas que a ladeiam e possui, ornamentando a bandeira, uma estrela. Nota-se, aqui, um jogo de sobreposição de planos o que, confere movimento à fachada. Na platibanda deste corpo aparece as iniciais "E.F.C.B.- 1906" numa referência a antiga Estação Ferroviária Central do Brasil. Encimando estas letras aparece o frontão interrompido ornado por grandes folhas de acanto moldadas em estuque.






Agosto
A PRAÇA DA ESTAÇÃO (Pça Dr. João Penido)


Palco de importantes acontecimentos culturais, sociais e políticos de Juiz de Fora, a Praça Dr. João Penido, popularmente conhecida como Praça da Estação, é um marco no desenvolvimento do município. Por ela já passaram importantes personalidades brasileiras, inclusive presidentes da república. Saiba +



Localizada na área central de Juiz de Fora, entre as Ruas Halfed e Marechal Deodoro, a Praça Dr. João Penido, popularmente conhecida como Praça da Estação, foi palco de importantes acontecimentos culturais, sociais e políticos de Juiz de Fora, e é considerada um marco no desenvolvimento do município.

A Praça da Estação surgiu como um largo na frente da parada de trem, chamada estribo, por não ser ainda uma estação, apenas uma plataforma elevada e sem cobertura. O movimento de chegada e partida de trabalhadores e viajantes no local impulsionou a instalação de estabelecimentos comerciais e de hospedagem nas proximidades deste terminal ferroviário.


Vista aérea da Praça da Estação em 1969

Com o tempo foi se constituindo em seu entorno um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos da cidade formado pela estação da Estrada de Ferro Central do Brasil e outros prédios tombados pelo patrimônio municipal. Entre os destaques está o Grande Hotel Renascença, construído em fins do século XIX, e que, à época era famoso em todo o país por seu luxo e requinte. O hotel chegou a hospedar brasileiros ilustres como os ex-presidentes Getúlio Vargas e Artur Bernardes.



Uma das mais célebres manifestações populares realizadas na Praça da Estação foi o comício das “Diretas Já”, na década de 80, que visava o fim do regime ditatorial no Brasil e a instalação da democracia.





Posteriormente, em março de 1982, Lula foi ouvido entusiasticamente por milhares de pessoas em comício na histórica Praça da Estação, debaixo de chuva. O ex-presidente voltou a marcar presença em Juiz de Fora, nos anos 80, em outras campanhas eleitorais.



Lula na Praca da Estação - março / 1982
Comício na Praça da Estação - novembro / 1982

Com expectativa de receber em um futuro próximo investimentos públicos e privados destinados à sua revitalização, o espaço atualmente se fortalece como referência para a realização de eventos culturais diversos.




Julho
CONHECENDO UM POUCO MAIS DA ESTAÇÃO LEOPOLDINA EM JF 

Por Romilda Lopes
Pulicado em 20/07/2011


Poucos conhecem as origens e os diferentes usos e dinâmicas da Estação da Leopoldina ao longo de mais de um século. Fique por dentro desta história.
  
Antes de ser administrada pela Cia E. F. Leopoldina, a estação da Leopoldina em Juiz de Fora, foi administrada pela Cia. E. F. Juiz de Fora ao Piau, companhia esta que tinha a ideia de se prolongar a Estrada de Ferro Dom Pedro II através de suas linhas. Ao passar para o controle da E.F Leopoldina, em 1888, a primeira edificação em madeira foi demolida. Em seu lugar foi construído um novo prédio em 1929, o qual abrigava a sala do agente e do telegrafo, o armazém, os sanitários, a sala das senhoras e o bar. A estação foi fechada com o ramal, em 1974.

Em 1977 sofre uma nova reforma e o prédio ganhou dois corpos laterais no pavimento superior onde se localizavam os terraços da casa do agente. Houve, também, a transformação das portas de acesso externo em janelas e a transferência da escada que dava acesso ao pavimento superior que ficava na parte externa para dentro do hall principal.

Em 1985 o prédio da antiga estação, passa a abrigar o Núcleo Histórico Ferroviário, administrado por ex-ferroviários e pessoas interessadas pelo assunto ferrovia. Em 1999 foi realizado um convênio entre a Rede Ferroviária Federal da Sociedade Anônima – RFFSA, a Prefeitura de Juiz de Fora e Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage – FUNALFA, que passaram a administrar o espaço. Somente em 2003, após o tombamento do prédio e das peças do acervo por parte da municipalidade, do Instituo Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA, é criado o Museu Ferroviário de Juiz de Fora.

Atualmente o museu tenta retratar a história da ferrovia através de seu acervo de aproximadamente 400 peças que contam um pouco da história ferroviária do fim do século XIX e de pessoas que construíram suas histórias na ferrovia. O acervo reúne mobiliários, equipamentos, miniaturas, maquetes, instrumentos de comunicação, locomotivas, fotografias e livros - que ficam distribuídos em cinco salas temáticas e é organizado de forma didática no andar térreo do prédio. O museu integra também um pátio interno, um anfiteatro de 75 lugares e a sala multimeios, onde são oferecidas aulas de dança, yoga e pilates à comunidade.


Antiga Estação Leopoldina. Hoje Museu Ferroviário - Estação Arte.