sexta-feira, 15 de julho de 2011

DESTAQUE DO MÊS

Janeiro


A comunicação teve um papel de destaque na ferrovia. Na sala “Sinalização e via permanente” o MF-EA expõe alguns telefones do século XIX, que foram recolhidos de estações desativadas. Entre eles, um exemplar portátil, substituído mais tarde pelo telefone sem fio.Saiba +

O Telefone

A telefonia é a transmissão elétrica do som, da fala, da palavra. A palavra compõe-se do grego “tele”, que significa longe, distante, e de fonia também do grego “phonia”, que traduz idéia de som, voz, fala, palavra. O telefone foi inventado por Alexandre Granham Bell, em 1876, em Boston, Massachussets, EUA. O aparelho se compunha de um transmissor provido de disco ou diagrama de alumínio que, vibrando à ação da voz humana, produzia certos impulsos elétricos. Esses impulsos chegavam a um receptor onde eram transformados em ondas semelhantes as do som original.
Foi D. Pedro II que trouxe o telefone para o Brasil. O primeiro aparelho foi instalado no Paço de São Cristovão no Rio de Janeiro. O êxito foi enorme e, em 15 de novembro de 1879, o decreto imperial de número 7.539 autorizou a organização da “Cia. Telephonica do Brasil”.
Na Estrada de Ferro Dom Pedro II o serviço telefônico foi inaugurado no dia 23 de fevereiro de 1884, estabelecendo comunicação com as oficinas do Engenho de Dentro e escritórios de São Diogo, ficando o aparelho central em ligação direta com a Companhia telefônica. Em 1990 todas as estações suburbanas já dispunham de aparelhos telefônicos até Realengo.
Alguns exemplares destes telefones do século XIX, movidos a magneto, que foram retirados das antigas estações ferroviárias estão no Museu Ferroviário – Estação Arte de Juiz de Fora. A sala “Sinalização e Via Permanente”, abriga cinco exemplares de aparelhos de telefone de parede, um de mesa, além do telefone portátil, utilizado por maquinistas e turmas de manutenção, ao longo da linha. Para usá-lo os maquinistas tinham que ligá-lo a postes que tinham a ligação telefônica. Não era como os telefones portáteis que conhecemos hoje, ele só funcionava quando era ligado a estes postes. Mas, mesmo assim, foi de grande utilidade para os trabalhadores daquele tempo.

Fonte: Arquivo MF-EA

Agosto
Maria Fumaça em miniatura - Réplica da locomotiva a vapor n.º 322

O destaque desse mês é uma bela réplica em miniatura de uma Locomotiva a Vapor, em exposição na sala “A História da Ferrovia”, no MF-EA. A construção desta miniatura levou aproximadamente dezoito anos (1922-1940). Cada peça foi diminuída proporcionalmente para que a pequena “maria-fumaça” pudesse funcionar assim como uma original. Saiba +
A bela réplica da Locomotiva a Vapor n° 322 que pode ser apreciada no centro da sala “A História da Ferrovia” no MF-EA é o destaque deste mês.

As locomotivas a vapor popularmente conhecidas como “marias-fumaça” eram sinônimos do desenvolvimento capitalista do século XIX sendo conhecidas como as “Deusas do Progresso” e as estradas de ferro por onde elas passavam como “Estandarte da Civilização”.

Os passeios de trem inspiraram histórias de pessoas conhecidas, como o Barão de Mauá, Dom Pedro II, Getúlio Vargas etc., e também de pessoas anônimas como o Sr João, a Dona Maria José ou a Dona Josefa.

As locomotivas originais vinham desmontadas da Inglaterra, França, Alemanha e Bélgica, e cabia ao mestre de oficinas montá-las aqui no Brasil, muitas vezes o serviço desse profissional era dificultado, pois os manuais vinham na língua de origem do país do qual vinham às locomotivas.

A idealização e a montagem desta miniatura foram feitas por um mestre de oficinas da cidade de Cachoeira Paulista (SP), o Sr. Reinaldo Justo Guimarães, que levou aproximadamente dezoito anos para terminá-la (1922-1940). Ele diminuiu proporcionalmente cada peça da locomotiva a vapor original para que a pequena “maria-fumaça” pudesse funcionar. Havia nesta oficina uma pequena linha férrea por onde ela fazia seu trajeto mesmo estando em escala imperfeita.

Em 1978 a pequena locomotiva a vapor n°322 veio para Juiz de Fora para decorar o gabinete do Superintendente Regional. Passando mais tarde para os cuidados do Museu ferroviário de Juiz de Fora, onde ela fica exposta para que mais pessoas possam conhecer um pouco dessa história. Vale a pena conhecê-la, fica aqui o convite!


Réplica da locomotica a vapor n.º 322. Arquivo Museu Ferroviário.

Julho


Estafe Elétrico


Interessante equipamento de comunicação e licenciamento de trens, o estafe elétrico desempenhou grande importância para a segurança deste meio de transporte.
O maquinista liberava ou bloqueava a linha férrea até a próxima estação através de um bastão que, colocado e magnetizado no estafe, provocava um impulso gerador que funcionava como uma licença.
Curiosidade: Dizem que esse aparelho deu origem a corrida de bastão das competições esportivas atuais.

Estafe elétrico. Foto : Arquivo Museu Feroviário.

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