domingo, 29 de março de 2009

RFFSA


É difícil concluir, a longo prazo, sobre resultados do processo de desestatização das ferrovias brasileiras. Existem claras demonstrações da inviabilidade, tanto do transporte de cargas quanto do transporte de passageiros, no modelo que teve destaque no Brasil no ciclo do café e que estendeu sua importância além da I Guerra Mundial. Daí em diante a ferrovia sofre a competição da rodovia e apresenta seus primeiros sinais de declínio. As ferrovias abriram caminhos para o avanço econômico, possibilitando o crescimento das cidades. A criação de Rede Ferroviária Federal / RFFSA, em 1957, marcou o início de uma nova fase de exploração dos transportes ferroviários no país, ficando o governo dotado de instrumento de ação que permitiria um planejamento global. Entretanto, a REDE herdou um conjunto de linhas férreas heterogêneas, degradadas, com muitas dificuldades operacionais e financeiras. Em 1969, as ferrovias foram re-agrupadas em sete superintendências regionais para facilitar a padronização e o intercâmbio entre regiões. A Estrada de Ferro Central do Brasil perdeu a bitola estreita e tornou-se a SR3. Em bitola larga, abrange o triângulo econômico do país atingindo as cidades Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. Esses processos administrativos foram sofrendo alterações, para se adequar às novas necessidades, com a criação de novas Superintendências Regionais. Visando otimizar o serviço foi criada SR8, absorvendo parte do tráfego da Leopoldina. A SR3 teve a sede transferida para Juiz de Fora. Foi, então, criada a Divisão Operacional de Campos por serem os seus problemas, cargas e bitolas diferentes da SR3, recompondo a malha da ex-Estrada de Ferro Leopoldina. A Divisão Operacional de Campos seria autônoma, com estrutura técnica e administrativa especiais. A Unidade Regional da Inventariança da Extinta RFFSA, sob a chefia de Cláudio Márcio Bellini dos Santos, abrange: - 96 municípios em MG, RJ e SP - 1.850 Km de ferrovia - 2.600 imóveis não operacionais - 21.700 metros lineares de documentos - Acervos que registram a história da ferrovia e sua importância para a memória nacional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário